palestra

Quais são as perspectivas do mercado de Seguros nos próximos anos? A pergunta trouxe um dos pontos principais da palestra do professor da Escola Nacional de Seguros, Nelson Uzêda, em Salvador, na noite desta quinta-feira (11/06). “Seguro é tendência. Há 30 anos, ninguém tinha celular. Hoje, todo mundo tem e as seguradoras já lançaram o seguro para celular”, comenta o professor, confirmando que a evolução do mercado está alinhada às mudanças socioeconômicas e tecnológicas. Tamanha foi a relevância do tema que os participantes encheram o auditório do Sincor Bahia.

Uma explanação cuidadosa da evolução do mercado de Seguros nos últimos anos embasou as “previsões”. De acordo com a SUSEP, o faturamento de mercado atingiu R$ 194 bilhões e o número de indenizações pagas, R$ 41 bilhões no mesmo ano. Sobre a preocupação com problemas futuros, apenas 35% das pessoas se previnem de imprevistos e apenas 18% têm algum Seguro pessoal contratado.

Dados mostram ainda que 125 milhões de pessoas não possuem Seguro de Vida, 182 milhões não têm plano dental e existem mais de 58 milhões de residências não seguradas. Isto revela o terreno fértil que o profissional deve explorar. “Esta palestra é de grande valia para o Corretor de Seguros porque aborda a evolução do mercado no Brasil. Quanto mais discutimos, mais podemos compreendê-lo e melhor atuar. Nada melhor do que discutir o assunto na casa do Corretor, que é o Sincor”, destaca a coordenadora da Escola Nacional de Seguros, Danúbia Macedo.

Neste cenário, o surgimento de novos riscos é tendência e, com eles, novos seguros. Para quem vive conectado com o mundo virtual, a fragilidade da segurança na internet e dos próprios sistemas eletrônicos aponta para os Seguros Cibernéticos; o Seguro Viagem Ampliado tende a se popularizar com coberturas de assistência médica e odontológica além das já existentes (morte e invalidez). O RC Profissional, que inclusive é pauta no Senado a obrigatoriedade para o Corretor, é considerado por Uzêda “um Seguro que todo profissional deveria ter”; e o Seguro Digital, que seria uma grande novidade levando em conta a tendência ao monitoramento dos segurados.

Como consequência, outros pontos de comercialização de Seguros surgem com o tempo: são desafiadores para o Corretor, mas também oportunidades de crescimento. Bancos, cartões de crédito, lojas de eletrodomésticos e diversos outros meios já vendem Seguro, mas nada substitui o Corretor de Seguros qualificado. “O desafio que vocês estão enfrentando é muito grande, mas aproveitem os congressos, vão para plenários, levem seus pleitos”, alerta o professor aos 83 mil Corretores cadastrados no Brasil.

Fonte: CQCS / Tunísia Cores