A previdência complementar aberta se torna cada vez mais um importante mecanismo de proteção para os brasileiros que buscam constituir uma poupança de longo prazo. Mesmo diante de um cenário adverso da economia no país, as contribuições feitas por titulares dos planos acumularam R$ 46,35 bilhões no primeiro semestre de 2015, uma expansão de 28,4% em relação aos R$ 36,09 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que representa 71 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no país.

Para Osvaldo do Nascimento, presidente da FenaPrevi, a escolha da previdência privada aberta está relacionada ao entendimento de que é uma modalidade de proteção transparente, e atende ao planejamento do poupador que não está com foco no curto prazo.

“Mesmo com desempenho positivo no primeiro semestre, avaliamos com cautela as projeções levando em conta o baixo crescimento da economia. Mas, numa perspectiva de longo prazo, nossa visão é positiva. Os planos de previdência são uma alternativa muito competitiva”, afirma.

Planos e beneficiários

De acordo com levantamento da FenaPrevi junto às seguradoras, atualmente 12.192.248 milhões de pessoas possuem planos de previdência complementar aberta, sendo que deste total 9.054.260 são pessoas com planos individuais (já computados os planos para menores) e 3.137.988 pessoas com planos empresariais.

Os dados mostram também um total de 91.361 pessoas já usufruindo benefícios (aposentadorias; pecúlios, por morte e por invalidez; e pensões, por morte e por invalidez) pagos por planos abertos de caráter previdenciário. “A sociedade já percebe o benefício da previdência e queremos ampliar essa percepção. Para isso, o desafio do setor é difundir a educação financeira, criar produtos cada vez mais adequados aos diversos perfis de consumidores e equacionar a distribuição. A educação financeira é um grande gap em praticamente todas as áreas de negócios. O setor se desenvolve com melhoria na distribuição e transparência no processo de venda, por meio da qualificação e educação”, analisa o presidente da FenaPrevi.

Entretanto, para Nascimento, o desenvolvimento do setor dependerá também de estabilidade econômica e da maturidade dos brasileiros em relação a produtos que remetem a investimentos de longo prazo.

Modalidade de plano

Na análise por modalidade de plano, o VGBL (indicado para quem não tem como se beneficiar da dedutibilidade fiscal prevista no formulário completo de I.R.P.F.), recebeu contribuições de R$ 42,07 bilhões. O PGBL (modalidade de plano indicada para quem tem como se beneficiar da dedutibilidade prevista no formulário completo de I.R.P.F.) registrou R$ 3,83 bilhões. Os planos tradicionais, por sua vez, registraram R$ 446 milhões, de acordo com a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).

Resultado Mensal – Junho de 2015

No mês de junho, as contribuições feitas por titulares de planos abertos de caráter previdenciário foram de R$ 9,79 bilhões. Na análise por modalidade de plano, o VGBL recebeu contribuições de R$ 9,03 bilhões. O PGBL registrou R$ 650 milhões. Os planos tradicionais, por sua vez, registraram R$ 108 milhões, de acordo com dados da FenaPrevi.

Fonte: Sonho Seguro